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Câncer colorretal - Saiba mais

O intestino sempre foi um órgão subestimado quanto ao seu papel fisiológico. Cada vez mais, avanços científicos deixam claro que o intestino exerce funções que vão muito além da digestão e absorção de nutrientes, podendo influenciar até mesmo o sistema nervoso central.

Diversas doenças podem afetar o funcionamento do intestino, sendo uma das mais preocupantes o câncer colorretal. Esse tipo de câncer é responsável por aproximadamente 10% de todos os cânceres diagnosticados anualmente e é o segundo mais prevalente em mulheres e o terceiro em homens.

Por isso, estar atento à saúde intestinal é fundamental, assim como realizar o diagnóstico precoce do câncer colorretal.

Fatores de risco para o câncer colorretal

O câncer colorretal é um tumor maligno (frequentemente do tipo adenocarcinoma) que se desenvolve no intestino grosso (cólon) ou em sua porção final, o reto. O câncer colorretal é uma doença tratável se o diagnóstico for precoce, especialmente se ainda não houver disseminação para outros órgãos.

Como todo câncer, diversos fatores podem aumentar as chances do seu desenvolvimento. A incidência e a mortalidade do câncer colorretal aumentam com a idade, especialmente após os 70 anos. No entanto, o sobrepeso, a obesidade e suas consequências metabólicas associadas, também influenciam positivamente o aumento da incidência da doença em idades mais jovens.

A genética é forte componente no aumento de casos da doença. Em torno de 10 a 20% dos pacientes diagnosticados com câncer colorretal possuem histórico familiar de câncer intestinal, com risco que pode variar a depender do grau de parentesco. Com base em estudos de gêmeos e familiares, as estimativas de hereditariedade do câncer colorretal variam de 12% a 35%. Além disso, pacientes com doença inflamatória intestinal crônica, como a doença de Crohn, apresentam risco aumentado de câncer colorretal e requerem vigilância adequada.

Vários outros fatores ambientais e de estilo de vida também aumentam o risco do câncer. Dentre eles, destacam-se o tabagismo, a ingestão excessiva de álcool, aumento do peso corporal e os consumos elevados de carnes vermelhas e processados. Além disso, alguns estudos científicos apontam que alterações na microbiota intestinal também podem aumentar as chances de desenvolvimento da doença.

Como o câncer colorretal se desenvolve?

A grande maioria se desenvolve a partir de um pólipo do tipo adenoma. Os pólipos intestinais são alterações que podem aparecer no intestino devido à proliferação excessiva de células presentes na mucosa do intestino grosso, o que na maioria das vezes não leva ao aparecimento de sinais ou sintomas. O grande problema é que essas células estão em transição entre comuns e cancerígenas e podem evoluir com o tempo para um tumor maligno. Por isso, recomenda-se a retirada dos pólipos para evitar problemas futuros.

Estudos científicos indicam que os cânceres colorretais têm como origem células-tronco da mucosa intestinal. Células-tronco são células não especializadas que possuem um potencial de multiplicação e diferenciação alto, sendo responsáveis pela renovação das nossas células ao longo da vida.

No entanto, alterações genéticas e epigenéticas que inativam genes supressores de tumor e ativam oncogenes (genes que levam ao desenvolvimento de tumores) modificam essas células, transformando-as em células-tronco cancerosas. Essas células são essenciais para a iniciação e manutenção de um tumor em desenvolvimento. Investigar os mecanismos regulatórios que controlam o crescimento dessas células-tronco cancerígenas é uma área promissora de investigação para possíveis agentes terapêuticos e tratamentos preventivos.

Quais os sintomas clínicos e como é feito o diagnóstico?

Em grande parte dos pacientes, o câncer colorretal é assintomático até atingir estágios mais avançados e graves da doença. Alguns sinais e sintomas inespecíficos podem aparecer, como sangramento retal, diarreia ou constipação, anemia e dor abdominal.

O sangramento retal é um sintoma comum de causas benignas e malignas e, portanto, fatores de risco adicionais podem ser necessários para ajudar a identificar as pessoas que devem ser submetidas a uma investigação mais aprofundada por colonoscopia.

A colonoscopia é um exame de imagem que avalia internamente o intestino e é considerado o principal exame utilizado para identificação de lesões na parede intestinal. A avaliação colonoscópica de lesões avançadas é relativamente simples, mas os cânceres colorretais iniciais podem aparecer como lesões muito sutis na mucosa.

Para estabelecer o diagnóstico final, a análise anatomopatológica continua sendo o padrão ouro. Esse tipo de exame necessita a realização de biópsia da lesão para posterior avaliação em exame anatomopatológico. Neste exame, o médico patologista caracteriza o câncer de acordo com os achados histológicos no tecido.

Além disso, são realizados exames moleculares, como a PCR e a Hibridização In Situ Fluorescente (FISH), com o objetivo de identificar biomarcadores específicos para o câncer colorretal. A avaliação dos biomarcadores é imprescindível para o diagnóstico final, pois o tipo de biomarcador presente na amostra influencia diretamente na conduta terapêutica que será utilizada no paciente, além de indicar se o prognóstico de evolução da doença será favorável ou não. A presença de mutações em genes da família RAS (como o KRAS/NRAS), por exemplo, indicam potencial resposta negativa a algumas terapias de escolha para o tratamento do câncer colorretal. Assim, o médico possui a sua disposição informações muito importantes que possibilitam uma melhor escolha terapêutica para aumentar a taxa de sobrevida do paciente.

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Nós, do Grupo Diagnose, assumimos o compromisso de trazer informações relevantes e de qualidade sobre o que há de mais moderno e atual em diagnósticos oncológicos.

 Referência:

Brenner, H., Chen, C. (2018). The colorectal cancer epidemic: challenges and opportunities for primary, secondary and tertiary prevention. Br J Cancer.

Dekker, E., Tanis, P. J., Vleugels, J. L., Kasi, P. M., & Wallace, M. B. (2019). Colorectal Cancer. Lancet.

Kuipers, E. J., Grady, W. M., Lieberman, D., Seufferlein, T., Sung, J. J., Boelens, P. G., van de Velde, C. J., & Watanabe, T. (2015). Colorectal cancer. Nature reviews. Disease primers.

Mármol, I., Sánchez-de-Diego, C., Pradilla Dieste, A., Cerrada, E., & Rodriguez Yoldi, M. J. (2017). Colorectal Carcinoma: A General Overview and Future Perspectives in Colorectal Cancer. International journal of molecular sciences.

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